
Após o anúncio da EA (Electronic Arts) sobre a suspensão da venda dos jogos Counter Strike Source e Counter Strike Anthology, lojas em São Paulo começaram a retirar os games das prateleiras. A medida, de acordo com lojistas, foi tomada para evitar transtornos, já que o Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) ainda não se manifestou sobre a decisão judicial que proíbe a venda do CS e do Everquest.
A determinação, de autoria de um juiz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais em outubro, começou a ser cumprida na última quinta-feira (17), em Goiás, pelo Procon local.
De acordo com a assessoria de imprensa do Procon-SP, o órgão ainda aguarda uma decisão definitiva sobre a questão para definir quais medidas serão tomadas.
Proibição - Tanto Counter-Strike quanto Everquest não são novos no mercado. O primeiro é um dos mais populares games da história dos jogos para computador. Surgiu como "filhote" de outro game, o Half-Life, no final da década de 90. Sua trama divide os jogadores em equipes (terroristas X antiterroristas, por exemplo). É preciso eliminar os adversários à bala.
Apesar de ser menos conhecido, Everquest é considerado um clássico. Nos moldes do RPG ("role playing game"), o jogo on-line se passa num mundo fictício com ares de Idade Média. Uma partida abriga centenas de pessoas de uma vez em disputas quase sem fim.
Para o juiz, os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado".
Diante disso, a Justiça proibiu a distribuição e comercialização de "livros, encartes, revistas, CD-ROM, fitas de videogame (sic) ou computador" desses jogos. A multa para a infração é de R$ 5.000. Entretanto, como a Justiça não proibiu o uso dos jogos --apenas a comercialização--, as lan houses não estão obrigadas a deletá-los.
Lojas - Na PlugUse, as duas versões do jogo foram retirados apenas hoje. O gerente da unidade da loja no Shopping Raposo, Alexandre Souza, informa que resolveu retirar os jogos das prateleiras após ver a notícia sobre a decisão judicial na TV. "Como tínhamos apenas quatro unidades disponíveis, não tivemos problema em retirá-las".
Porém, Souza informa que o CS representa de 30% a 40% das vendas de games da loja e, caso a proibição perdure, pode gerar grande prejuízo. "Ainda não entramos em contato com o fornecedor para saber o que faremos com estes jogos que estão aqui, mas acredito que eles não nos deixarão na mão", diz.
Até a manhã de hoje ainda era possível comprar o jogo pelo site da loja.
Nas unidades da Fnac e da Saraiva consultadas, os jogos não estão mais disponíveis para compra desde ontem, quando foram retirados das prateleiras e também dos sites das empresas.
Apesar de não disponível nas lojas, o interessado em adquirir o CS ainda consegue baixar o jogo pela internet.
Em comunidades de "gamers", é possível encontrar links para servidores em que o usuário consegue baixar o jogo completo. Os servidores, claro, não são oficiais.
fonte: http://www.reclameaqui.com.br/noticias/?id=1b4a364f76e9fa8073516100ed65590c50a6d5e9
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